segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A origem da monogamia

"Porque elas jogam o cabelo, vai descendo até o chão
Então vem se empinando tudo, esse é o ritmo dos irmãos.
Ela dá pra nóis que nóis é patrão, ela dá pra nóis que nóis é patrão,
Ela dá pra nóis que nóis é patrão, olha o ritmo..."
(Uh papai chegou - Mr Catra)




Engels (1884) no livro A origem da família, da propriedade privada e do Estado, afirma que as relações monogamicas não aparecem na história como uma forma de reconciliação entre o homem e a mulher, ou ainda, como a forma mais elevada de matrimônio, mas a saber, surge sob a forma de escravização de um sexo pelo outro, como proclamação de conflitos entre os sexos, ignorados na pré-história. Este tipo de aliança foi a primeira forma de família que não se baseava em condições naturais, mas econômicas, mais especificamente, no triunfo da propriedade privada sobre a propriedade comum primitiva. Os gregos, por exemplo, anunciavam abertamente que os únicos objetivos da monogamia eram a preponderância do homem na família e a procriação de filhos que só pudessem ser seus para herdar dele.
Num manuscrito redigido por Engels e Marx (1846) encontra-se a seguinte frase: "A primeira divisão de trabalho é a que se fez entre o homem e a mulher para a procriação dos filhos.", acrescenta-se a isso a primeira forma de opressão de classes, com a opressão do sexo feminino pelo masculino. Até mesmo a antiga liberdade sexual só era proveitosa para os homens, o heterismo, ou as relações extraconjugais dos homens com mulheres não casadas, embora fosse na Grécia Antiga não apenas tolerado, mas praticado livremente pelas classes dominantes, era condenado, contudo somente em palavras. Essa reprovação, na realidade, nunca era dirigida contra os homens que a praticavam e sim, somente contra as mulheres, desprezadas e repudiadas.

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